"Ela amava o jornal inteiro que ele lia, o cachorro dele que latia, a toalha no chão do banheiro, o sapato no meio da sala, o sal de fruta, a pressa, o amigo chato, a noite besta, o dia-a-dia, mesmo quando ele estava mal humorado, deprimido, insuportável, impossível, mesmo quando ele não estava, nem telefonava, mesmo quando ele se atrasava, não vinha, faltava, não ouvia, mesmo assim ela amava, fazer o quê? O amor é assim mesmo, dizem. "Adriana Falcão, "O homem que só tinha certezas e outras crônicas".
9 comentários:
O amor é assim mesmo...amortece.
Amor tece.
A morte ser.
Lembro dessa nossa "conversa" no twitter!
Amor-tece-dor.
;)
O amor é assim mesmo, dizem...
O amor é assim: completo!!!!
Beijos
Amor não é isso não...Ou, pelo menos, não é só isso. Ou ainda, é muito pouco isso. Nada de amortecer, separado ou junto, com c ou s, brincando com letras e sílabas...O bom do amor é vibrar.
dizem que o amor é cego...
E quanto mais impossível e distante, mais ela se entrega e se joga naquele vazio.
Como escreveu o Jabor: "A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, pára de nos amar".
;-)
o amor é assim mesmo. mas, mesmo, como?...
beijinho!
Temo um pouco pelos jogos de palavras. Encantamo-nos com eles, e esquecemos o que, no âmago, as palavras significam, ou deveriam significar. Amor tece rendas e laços, bem sabemos, mas também amortece uma série de quedas que levamos, quotidianamente. Só que o amor é, para nosso deleite e nossa angústia, bem maior do que isso. Por não sabermos o que é, talvez brinquemos com o que sabemos dele - para evitar o temor de sermos devorados pela dúvida do que desconhecemos dele...
Que tal mais posts de sua autoria, Carina?
Beijo!
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