Clara: - Irrita-me essa minha língua ferina que opina sobre tudo, critica por medo, ridiculariza por vergonha, mas cala quando tento falar de amor. É como se, de repente, todas as palavras fugissem de mim.
Ana: - É porque estás acostumada a falar apenas do que acha que já sabes, já entendes e consegue organizar o suficiente, Clara. Mas não vais conseguir saber ou organizar o amor, e nem segurar à força as palavras que dele dizem. É preciso perder-se, e estar disposta a apenas soprar as palavras que lhe vêm do vento.
Ana: - É porque estás acostumada a falar apenas do que acha que já sabes, já entendes e consegue organizar o suficiente, Clara. Mas não vais conseguir saber ou organizar o amor, e nem segurar à força as palavras que dele dizem. É preciso perder-se, e estar disposta a apenas soprar as palavras que lhe vêm do vento.
1 comentários:
Ao mesmo tempo que a linguagem nos dá movimentos, nos aprisiona. Estamos presos às palavras que já foram ditas.
O amor. Ah, esse, só pode ser pensado no plural. Há mais de um. Só pode ser pensado no singular. Não há dois iguais.
Postar um comentário