Tuas palavras que me escrevem. Teu silêncio (in)decifrável. Teus olhos de precipício. Tua boca que me envenena. E teu beijo que me cura. Tuas dúvidas. Tuas certezas. Tua extroversão superficial. E tua timidez profunda. Teu riso raro. Tua mão, sempre quente, em mim. O conforto dos teus braços. Tua inteligência sedutora. Tua genialidade óbvia. Teus mil talentos. Tuas músicas. Teus escritos. Tua voz que me enfeitiça. Teu canto que me encanta. Teu corpo que me desperta. Teu cabelo (des)arrumado. Tua barba. Teu jeito de puxar meu cabelo (que me desmancha inteira). Teus convites loucos (que eu sempre aceito). Teu sabor. Teus medos infantis. Tuas perguntas sem resposta. Teus livros. O ciúme dos teus outros tantos. O carinho com que beija meus olhos fechados. As maratonas culturais. Os olhares silenciosos. O jeito que me incentiva. A raiva orgulhosa dos meus textos. Tuas previsões delirantes. Tua fuga que sempre volta. Tua volta que sempre vai. Teu tempo, tão diferente do meu. Tua mentiras sinceras. E as verdades encobertas. Os nomes que não damos. A felicidade que vivemos. Os planos que não fazemos. Nosso passado que é presente. Nosso fim, que é (re)começo.
8 comentários:
Ler seu texto trouxe-me à tona um sentimento de que não gosto: o amor-posse, que devora o amado a ponto dele se desindividualizar, tornando-se coisa possuída, bibelô. Talvez não haja inteiramente intenção sua no texto a me mostrar isso, mas suscitou, de tal forma a imagem que não pude deixar de manifestá-la.
Acho que foi o pronome possessivo, embora alheio, tornado espelho pela repetição: teu/tua transformado em meu/minha. :D
Só os melhores escritores conseguem trazer o leitor a tanta reflexão. Parabéns!!
Beijos!
Obrigada, Fabrício!
E realmente essa possessividade, ao escrever, passou longe de mim, rs. O que só nos mostra o quanto escrever é sempre imprevisível e não temos o menor controle de como seremos lido. Que bom que te fiz refletir, é o melhor elogio que poderia receber.
Beijos!
Isso é lindo, lindo demais!!
Você tem a capacidade de expor a alma em meio às letras!
Beijos, querida!
Uau! Senti a minha alma na boca. Pode?
em tempos escrevi que "é preciso morrer para se voltar a nascer". mesmo que no dia das mentiras :)
arrepiantemente belo, querida amiga!
Ah, mas tem jeito de amar sem querer possuir o amor?! Tem coisa mais gostosa e envolvente que esse desejo de dominação e rendição?!
O ar tem que faltar...
Adoro seus escritos intensos, Carina!
Nossa... doeu aqui!
E o silêncio que me rasga!
Passei pra desejar um otimo domingo!
bjos
obrigada pela visitnha@
Teus seus tão meus.
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